quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

De mim, para mim mesma

Vim aqui com os olhos ardendo e com o nariz escorrendo por que precisava dizer alguma coisa. Precisava conversar, nem que fosse comigo mesma.
Preciso contar as coisas que eu tenho pensado. Preciso contar o que tem acontecido, os meus planos, minhas dúvidas, meus medos, meus abismos...
Nem que seja para mim mesma.
Preciso dizer sobre o que eu me tornei, sobre o que eu aprendi do que eu era, sobre a vida toda se desenrolando na minha frente.
Preciso falar dos meus amores, os do passado, os do presente, os do futuro. Preciso falar qualquer coisa.
Estou precisando conversar longas horas com alguém que tenha opinião sobre qualquer coisa, uma opinião fraca, uma opinião sem nexo, que seja.
Preciso de um abraço que me diga que eu estou indo bem, que entenda por onde eu estou indo, que me segure firme quando eu começar a soluçar.
Preciso de alguma coisa, nem que venha de mim mesma.
Preciso de um beijo molhado que me faça suar, que me faça esquecer, que me faça pensar....
Preciso de companhia para as minhas loucuras e de um braço que apoie minha mente sã.
Com os olhos molhados e o nariz escorrendo, preciso de você, se você existir, para me ajudar a levantar. E de um lenço se você tiver e puder me emprestar...

Um comentário:

Fábio Félix disse...

Nós somos nossos melhores amigos. Mas, também os nossos piores inimigos. É bom ter esse poder (maior do que os outros têm) sobre nós mesmos.
Ainda, é melhor ter com quem conversar, com quem contar, sem precisar da nossa própria ajuda.

 
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