quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Meu momento

Tenho tudo, mas não tenho nada
Tenho o contrato, o papel, minha mente
Mas não tenho fato nem nada para o tato

Ouço a voz, as histórias e as promessas
Ouvem todos meu soluçar escondido
Procuro no mapa um tesouro que, há muito perdido,
Dizem que vou achar numa noite dessas

Quero continuar, que é o que se nota
Mas já é com tamanha dor que mal atuo
A saudade me esmaga por que já descuido
E minha fé é o que, por fim, me esgota

Começo a andar a passos lentos
Atrás do que foi, não do que será
Estou tentando encontrar no vento
O cheiro do conforto que eu senti por lá

Vou desfalecer sem querer lutar mais
Abrir os olhos para olhar o que ficou para trás
Tenho medo de morrer só? Não comento...
Mas o que quero só, é aproveitar o momento

Um comentário:

Fábio Félix disse...

Sem medo do inevitável.
Todos nascemos sozinhos, todos morremos sozinhos.
No meio disso, vivemos sozinhos: a verdade é que só nós sabemos o que ocorre com a gente.

 
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