segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Quando lembro do que fui, quase desanimo.
Então entendo que mais importante que o destino, é o caminho.

http://quemdenovo.blogspot.com

quarta-feira, 24 de junho de 2009

O que não foi dito?
O que não foi dito fica para a próxima, quando realmente vai valer a dor de se dizer.
O que foi dito? Já nem me lembro mais...
Já disse tanta coisa e já re-disse, e já des-disse, e já passou...
Que medo pode haver quando não há mais nada...
É real... É verdade.
Tudo.
Uma noite em claro para perder o medo do escuro.
Mais um momento, mais um texto, mais uma porção de textos...
E todo o resto que não vai ser dito.

(02/10/07)

Homenagem ao meu blog morto...

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Extra, extra!

Procurada pela imprensa para comentar sobre o abandono de seu antigo blog, Insigne declarou:
"Oi, desculpa, não entendi a pergunta..."

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Vende-se

Estamos vendendo este blog.
Direto com o proprietário.

Estamos atendendo em:

http://quemdenovo.blogspot.com/

segunda-feira, 9 de março de 2009

Eramar...

Eu disse que era mar e disseram que talvez não fosse de matar a sede, então, sentei no meio fio e curti minha ressaca.
Afogaram meus sonhos, invadiram minhas ruas, levaram-me ao desmaio e o que eu descobri em um momento é que ser temido não passa nem perto de ser admirado. E isso tudo virou riso, mesmo que eu tenha entendido tudo ao contrário.
Definitivamente, existem males que vem para o bem.
Foram as pegadas no chão que mostraram que esse mar não dava pé. Foi a gota que faltava para criar um vazio, não é? E eu tapei meus olhos e simplesmente joguei-me com o queixo no peito. Coloquei uma pedra nessa minha ressaca e não era de gelo... E eu que sempre achava que tudo tinha jeito, dessa vez entendi tudo direito.
Definitivamente, existem males que vem para o bem.

Se a gota que faltava era tanto...
Eu desisto de ter para descobrir o que falta...
Se nossos erros servem para nos ensinar...
Definitivamente...
Eu disse que era mar...

*inspirado por uma canção que foi inspirada num texto meu...

Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado.
Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face.
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa.
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço.
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas.
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.


Ausência - Vinícius de Moraes

quinta-feira, 5 de março de 2009

amanhã, talvez

estou com os dedos cruzados, torcendo para que tirem- me desse martírio em que me coloquei há alguns anos atrás, sem saber... minha cabeça lateja, eu já devia ter fugido há muito tempo, quando as coisas começaram a ficar estranhas, é o que eu penso sem parar. o telefone toca, o desespero em ouvir o telefone tocar volta, reprimido depois de meses, a voz do outro lado é a mesma, o jeito de falar é o mesmo, o desespero, por fim, se justifica. penso no caminho que vem pela frente, em todo o drama que eu já passei e solicitam-me que eu passe de novo. recuso-me, torcendo para que tirem-me desse martírio. não venta, não chove. o sol, que parece ter esquecido que há horas já não é mais meio-dia, impede-me de pensar logicamente. vou fugir, é o que penso, já devia ter fugido. lembro que a resposta certa nunca esteve tão próxima de ser dada e acalmo-me, nada de ruim pode haver... tento alcançar alguma pessoa que eu reconheça, que reconheça-me e acalme-me sem saber que passo pelo meu martírio, esta pessoa não está disponível. desespero-me, depois penso que é só a vida normal que deve estar acontecendo e eu não fiquei sabendo, e só. respiro fundo, os dedos cruzados, amanhã a resposta certa poderá ser dada, torço.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Enquanto isso, a alma informa nossa humanidade que há vida abundante além dos fingimentos cotidianos da normalidade. A alma informa em sonhos, informa como uma coceira que não pára de coçar, mas que nenhum de nós consegue encontrar o lugar certo para coçá-la e aliviar a inquietante sensação. Vez por outra, esta coceira emerge como um pesadelo e acordamos suando frio no meio da noite, cientes de que perdemos tempo, de que existimos aquém do que merecemos e do que podemos fazer, porque a maior parte do tempo gastamos recursos derivando nossos desejos e pensamentos para as coisas que fingimos ser importantes, apenas porque todo mundo luta por elas: dinheiro, sexo, posição social, influência e imagem. Há mais vida, muita mais vida.

Disse o sábio...

terça-feira, 3 de março de 2009

Inspirações da Direção de Arte

Nossa razão é a busca pela perfeição, encontrá-la seria o fim...
Rastejando para fora da cama às nove da manhã com 30 graus dentro do quarto. Quase não consigo separar as pálpebras... O fato de eu ter desejado ficar mais tempo acordada a fim de aumentar minha cultura não deveria causar tanto estrago.
De qualquer jeito, coisas boas se aproximam lentamente e, apesar de meu horóscopo garantir que os obstáculos da vida devem ser encarados com realidade, não consigo (de novo) entender do que ele está falando... Malditas entrelinhas.
Deu uma vontade louca de escrever um poema de amor... Maldita personalidade inexplicável!

Quem vende a verdade, e a que esquina?
Quem dá a hortelã com que temperá-la?
Quem traz para casa a menina
E arruma as jarras da sala?

Quem interroga os baluartes
E conhece o nome dos navios?
Dividi o meu estudo inteiro em partes
E os títulos dos capítulos são vazios...

Meu pobre conhecimento ligeiro,
Andas buscando o estandarte eloqüente
Da filarmônica de um Barreiro
Para que não há barco nem gente.

Tapeçarias de parte nenhuma
Quadros virados contra a parede ...
Ninguém conhece, ninguém arruma
Ninguém dá nem pede.

Ó coração epitélico e macio,
Colcha de crochê do anseio morto,
Grande prolixidade do navio
Que existe só para nunca chegar ao porto.


Relógio, morre. Fernando Pessoa

segunda-feira, 2 de março de 2009

Velho sentimento

Era velho aquele sentimento e eu sabia.
Abri os olhos por que os trabalhadores acordam cedo e começam a ligar. Boas notícias é o que eles acham que trazem logo cedo, sem saber que logo cedo não há boa notícia que se possa dar que compense o fato de ser logo cedo.
Então eu senti aquela coisa, a leve dor na base do polegar da mão que eu costumava sentir na adolescência. E eu era aquela adolescente, e a mulher que sou, e por isso doia-me o polegar nesta manhã.
O polegar sabe quando alguma coisa não está certa, ou quando alguma coisa vai acontecer, ou quando o tédio está dominando. O polegar tem sentimento próprio e ele dói e eu sei que alguma coisa (ou nada) está acontecendo (ou vai acontecer). Seria tolo dizer que o polegar é uma extensão de mim?
E então eu olhei aquele sentimento velho ali no meu quarto abafado e quis dormir de novo, mas o calor e a dor no polegar não deixaram...
Peguei minhas coisas, organizei meus papéis e comecei a tocar aquilo que a gente toca por que acha que pode ser a nossa razão de viver, ou que pode ajudar a conseguir nossa razão de viver, e vivemos sem razão. Mas eu não corri, por que tem quem corra sem razão também, eu não. Eu acredito no calendário maia que diz que a nossa corrida é o que nos destrói...
E então depois que os papéis estavam organizados e as coisas tocadas por hora eu vim aqui e disse: Era velho aquele sentimento e eu sabia.

domingo, 1 de março de 2009

Buuff...
Aquele calor! Dos velhos tempos de calor...
Gee...
Estou tremendo! Abstinência?
Calor!

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009



Não tendo o original, apresentemos os aspirantes...

O que eu sou (ou o contrário disto)

E então eu estou há dias pensando "quem eu sou?" com a intenção de criar algo belo a partir desse tema.
O foco talvez é que esteja meio fora, já que sempre que eu paro para refletir sobre o assunto, as únicas coisas que se destacam são "o que eu NÃO sou!". Ou talvez seja normal, na busca de procurar algo para tomar como seu, pululam milhões de coisas que se opõem e elas se destacam.
O que dizem é que nós só identificamos defeitos em outros que podemos identificar em nós mesmos, por que, afinal, sabemos que o sentimento que gera aquela atitude é ruim, do fundo de nossos âmagos. Eu estou certa que sim, que realmente conheço o que inicia e propaga cada um desses meus ódios... Bendito ser odiável.
Em meus melhores sonhos, as pessoas se unem por fim maior, por um pensamento único que poderia ser conseguido apenas em grupo, e quando um se destaca (por que sempre há quem se destaque) os outros orgulham-se e sorriem, sem tentar ofuscar este brilho, por que o consideram construído por todos.
(...)
Eu sou o tipo de pessoa que luta contra o mal do mundo por metáforas, dando aos causadores de minhas dores apenas orgulhosas e humanas (eu sei), alguma ponta que incite neles, a mesma dor que causaram. Eu sou o herói que é perseguido pelo governo, por que seus métodos são dolorosos... Eu não sou o herói, mas talvez a idéia clara do herói com a humanidade que me cabe e a prepotência toda.
Sofrer por que o mundo não compartilha dos mesmos ideais que os meus, por que sempre acho que as minhas idéias são mais justas e confortáveis a todos. Erro.
Não sofrer, por saber que o mundo vai girando até que pare e a vida vai se levando até que acabe, e as pessoas vão errando até que saibam, e o que sobrar é o que somos...
Quase nada.

Meu horóscopo de hoje diz:
Ninguém é verdadeiramente obstáculo para você satisfazer suas fantasias. Acontece apenas que sua alma não conseguiu decidir se o resultado dessas vai ser positivo ou não e, enquanto pensa, precisa distância de tudo e de todos.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Matamataomotoboy

Fiquei com uma dúvida quando estava tentando não desmaiar as 18h30 da tarde no trânsito do Minhocão...
Os motoqueiros, também conhecidos pelos íntimos como motoboys (mesmo que sejam girls), passam pelo minúsculo espaço entre os carros apertando insandeciamente a buzina de suas motos, antes apenas barulhentas, com medo que os motoristas dos carros, dos quais eles estão tirando a maior fina de suas vidas, os mate num movimento brusco para mudar de faixa?
Será os malditos (apenas para frisar) não percebem que suas motos tornam-se não só barulhentas como irritantes?
Que se você está parado no trânsito do Minhocão, tentando não desmaiar, com o ar condicionado quebrado, sentindo aquele cheiro de fumaça de diesel e alguém vem ao longe buzinando sem parar, é exatamente neste momento que você pensa "vou matar o desgraçado!"?
Ninguém consegue ir para frente ou para trás naquela droga e os caras estão achando que, por que sim, podem dar uma animada e avisar que estão chegando com o alerta de "não se movam".
Ainda que nós pudéssemos nos mexer, tentaríamos ir para frente para sair daquele inferno em que nos colocamos. E ainda que quiséssemos mesmo ser avisados que motoqueiros estão se aproximando, seria para realmente fazer um movimento brusco e acabar com aquele buzinasso enlouquecedor.
Meeeeeeeeeu!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Pressão baixa

Abro os olhos, meu estômago grita...

Minhas vísceras se esbarram, inconformadas.

Como, bebo, mas não comporta...

Pego um taxi, feliz por estar indo até onde vou.

Sento, orgulho-me. Ouço, discordo (pela eterna mania de discordar), impaciento-me.

O calor me abraça, a claustrofobia grita em meus ouvidos tapados.

Levanto, saio, penso e não consigo, sigo. O sofá...

FADE OUT

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Enquanto isso, no andar de cima...

Hoje eu fiquei colada na cama. O gato ter ido dormir comigo ajudou... Mas acho que o acúmulo de dias em que eu acordei antes do despertador tocar também pode ter influenciado. E ser sexta-feira 13 também, mas eu não vou falar sobre isso...
Eu estava sem meu computador também, então não havia real razão para levantar da cama de qualquer jeito. 8|
Estou quase pegando meu carro velho, riscado, com o marcador de gasolina quebrado e o ar condicionado também e dirigindo até um lugar onde não se ouça todos esses barulhos daqui. Essa noite entrei numa nóia de que não havia silêncio. A cadeira na sala, a TV no outro quarto, o computador do terceiro quarto, as motos, caminhões e ônibus nas ruas, latidos, miados, assobios, janelas, almas penadas, portas no andar de baixo... Fiquei com dó dos moradores do primeiro andar, já que estava sentindo todo esse mal-estar do décimo sexto.
Hoje, que finalmente não importa o amanhã, as coisas hão de ser mais fáceis...


Poder rir, rir, rir despejadamente,
Rir como um copo entornado,
Absolutamente doido só por sentir,
Absolutamente roto por me roçar contra as coisas,
Ferido na boca por morder coisas,
Com as unhas em sangue por me agarrar a coisas,
E depois dêem-me a cela que quiserem que eu me lembrarei da vida.

Álvaro de Campos

Kin do dia:
Kin 101 - Dragão Planetário Vermelho

Aperfeiçôo com o fim de nutrir
Produzindo o ser
Selo a entrada do nascimento
Com o tom planetário da manifestação
Eu sou guiado pelo poder da água universal
'Trabalharemos em grupo para adquirirmos conhecimentos e definir nossas emoções.'

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Eu quero ser sempre aquilo com quem simpatizo,
Eu torno-me sempre, mais tarde ou mais cedo,
Aquilo com quem simpatizo, seja uma pedra ou uma ânsia,
Seja uma flor ou uma idéia abstrata,
Seja uma multidão ou um modo de compreender Deus.
E eu simpatizo com tudo, vivo de tudo em tudo.
São-me simpáticos os homens superiores porque são superiores,
E são-me simpáticos os homens inferiores porque são superiores também,
Porque ser inferior é diferente de ser superior,
E por isso é uma superioridade a certos momentos de visão.
Simpatizo com alguns homens pelas suas qualidades de caráter,
E simpatizo com outros pela sua falta dessas qualidades,
E com outros ainda simpatizo por simpatizar com eles,
E há momentos absolutamente orgânicos em que esses são todos os homens.
Sim, como sou rei absoluto na minha simpatia,
Basta que ela exista para que tenha razão de ser.

Álvaro de Campos

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Segunda e última

Mundo de Beackman. Aprendendo. Tarde.
E eu que sempre achei que o cérebro controlava tudo que não fosse coisa de D'us, vi que não é bem assim... Eu, por exemplo, não controlo os movimentos da minha mão. Ou talvez seja coisa de D'us...
Fiz todos os 77 exames pendentes que estavam na folhinha azul e, com fé, tirarei nota dez em todos eles e ainda poderei viver até 2012, quando o mundo deve acabar.
Hoje começa a maratona "em busca de um lugar ao sol", sendo que pretendo trabalhar exaustivamente para ser rica, famosa, bonita e bem-quista na alta sociedade. Rá, não, na verdade, eu só pretendo ter todos os dias horas de grandissíssimo prazer, independentemente de tudo de ruim que acontece aqui ou em Gaza. Fora que as figuinhas que eu estou fazendo para conseguir um emprego que paga bem menos do que o meu vai contra ser rica, famosa, bonita e bem-quista na alta sociedade.
O mundo girando enquanto aguarda o fatídico dia em que será engolido pelo buraco negro que há no meio da Via Láctea e meu horóscopo me aconselhando a não ser mercenária. .
E eu dei o primeiro cheque-mate da minha vida hoje! Yeah! Na hora de dar print-screen a tela sumiu, mas é verdade, é verdade...

Kin do dia:
Kin 97 - Terra Rítmica Vermelha

Organizo com o fim de evoluir
Equilibrando a sincronicidade
Selo a matriz da navegação
Com o tom rítmico da igualdade
Eu sou guiado pelo meu próprio poder duplicado
'Comunico-me sem apegos e descubro a harmonia de evoluir na Terra.'

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Sonhos médicos

Novo mundo. Mesmas coisas. Antes do almoço.
E então meu ginecologista tentou me convencer de que talvez eu estivesse grávida. Perguntou todo ansioso, "e se você estiver?", eu disse só que tudo bem, mas achava que não. No ultrassom ele percebeu que talvez eu não estivesse mesmo. Ou talvez tivesse ficado nesse último mês (esperança do médico) já que ele viu alguma coisa que se parece com um óvulo. "Se não menstruar até sexta que vem, me liga!". Esses ginecologistas adoram grávidas, gee!
Doutor, desculpa, não, vem cá, não chora, tudo bem, um dia, quem sabe, eu vou ficar grávida mesmo, não precisa se preocupar, eu deixo você fazer meu parto...
Sonhos de médicos à parte, tenho 77 exames para realizar e descobrir o que se passa por dentro do meu corpo. E ter certeza que está tudo bem.
Contrariando a sequência de sonhos que seguiam o mesmo tema, hoje tive um sonho de terror. Perseguições em alto mar, cárcere, abusos, casa da vó (por que vez ou outra, sempre tem um cenário com a casa da vó).
O calor só faz eu ter mais vontade de ficar sem fazer nada. God bless the Saturdays!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Sobre pensar...

Mundo dos sonhos. Realidade. Dez da manhã.
Agora dei para acordar cedo demais. A menina do sono de 18 horas... Quando eu coloco o despertador às 10h, acordo às 9h, se coloco às 9h, acordo às 8h e se coloco às 8h, inexplicavelmente acordo às 7h... Desisti do despertador.
Pelo menos tenho sono cedo e durmo sempre com o sentimento de "é a melhor coisa que eu faço" e fim.
Os sonhos, variações do mesmo tema. Ontem, estava numa festa em casa e estavam lá todas as pessoas com que me importo. Até as que eu finjo que não me importo. E eu estava preocupada com as coisas de sempre e o porteiro do prédio queria acabar com a festa por que um dos convidados andou com um pinscher numa das prateleiras do hall...
Hoje eu estava na praia, andando de mãos dadas e dizendo aquelas coisas sem pensar. Ouvindo silêncio. Depois de sete noites achei que eu podia dizer a real. Se eu soubesse que era só mais um sonho tinha continuado calada.
O ruim de acordar cedo é não ter tanta coisa assim para fazer. Ou ter e não fazer, anyway.

A vida segue atrás de sua imaginação neste período. Por isso, cuidado com o que você imagina! Como dominar a imaginação? Bem, quem imagina o que se imagina? É você, ou quem?

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Re: ...

Mundo da Lua. Sol. Depois do almoço.
O horóscopo diz que a rejeição de nossas lindas idéias pode ser o sinal de que a idéia é mesmo a melhor para o momento. Complexo.
Estou naquele estado da água antes de começar a ferver. Aquelas bolinhas minúsculas olhando de um lado para o outro e subindo rapidamente.
As coisas estão seguindo sua ordem natural e eu que sempre fui amante de bagunçar o tempo estou assistindo estupefata. Não, assistindo não, participando.
Do tempo que eu assistia as coisas acontecendo sobraram as velhas idéias que dariam um desenho bonito. Mas eu não sei desenhar...
Estou aguardando uma ligação qualquer que me avise aonde está a vida que eu sonhei em viver. E caso não venha, vou passar um trote para mim mesmo e fingir que já sei.

Kin do dia:
Kin 93 - Caminhante do Céu Lunar Vermelho

Polarizo com o fim de explorar
Estabilizando a vigilância
Selo a saída do espaço
Com o tom lunar do desafio
Eu sou guiado pelo poder da força vital
Sou um portal de ativação galáctica, entra por mim
'O desafio de nossos caminhos é fazer respeitar nossos espaços.'

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Regras:

1 - Você não fala sobre o Clube da Luta.
2 - Você não fala sobre o Clube da Luta.
3 - Quando alguém disser "pare" ou perder os sentidos a luta acaba.
4 - Só duas pessoas em cada luta.
5 - Uma luta de cada vez.
6 - Sem camisa, sem sapatos.
7 - As lutas duram o tempo que for necessário.
8 - Se é a sua primeira noite no Clube da Luta, você tem que lutar.

sábado, 31 de janeiro de 2009

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Sensação

A sensação me sobe pelos pés e pelas mãos, quando chega ao peito eu respiro fundo e parte dela se vai...
Outra parte fica, se enrola no meu estômago e aperta minhas vísceras todas. Se, num momento desses, algo tocasse minha língua então meu café da manhã daria as caras de novo...
Eu molho o punho e a nuca, sento no chão do banheiro com as costas no azulejo gelado e a sensação melhora. Descobri há muitos anos que sentir frio é sempre melhor do que sentir-se mal. O corpo não registra as duas coisas ao mesmo tempo...
Sento-me na cadeira, ligo o som e começo a teclar rapidamente qualquer frase que venha à mente, considerando que qualquer começo, seja ele bom ou ruim, pode ter um fim melhor. E, de repente as coisas parecem que vão ficando distantes, as sensações todas, os pensamentos todos, as vontades... Tudo sai desse meu corpo e entra num espaço virtual, numa realidade paralela, em que eu não preciso me ocupar mais delas.
Claro que, algumas vezes, no passado, houve momentos em que criavam-se mais coisa para se ocupar depois que minhas frases saiam de mim, mas esse é o preço que se paga por desejar algo maior. Por causa de momentos como esse, finalmente descobri grande parte do que eu quero dizer e do que não quero dizer. E foi útil...
Olhando o acumulado de letras e de coisas que são só minhas e da mais ninguém (por mais que tomem como suas, os passantes, por mais que achem que é com eles, os que me conhecem, por mais que saibam...) sei como o valor dessas coisas está apenas em mim, o fato existirem também está apenas em mim... E é então que sinto-me bem e é o que basta para o acumulado de letras cumprir seu fado e a sensação sumir. Até a próxima.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Miss Terious e Sir Vival - Meio da noite

- Vival?
(...)
- Vival?
- Ahn...
- Você está acordado?
- Que foi?
- Só queria saber se você estava acordado.
- Eu não estava...
- Desculpa, é que eu acordei e daí fiquei assim.
- Assim como?
- Acordada, daí achei que talvez você também pudesse.
- Pudesse acordar?
- Ou estar acordado.
- Amor, eu não estava acordado, vamos dormir?
- Vamos dormir. Desculpa. Boa noite.
- Boa noite.
- Vival?
- Oi.
- Você está com muito sono?
- Não é muito, mas é o meio.
- É que eu não estou conseguindo dormir.
- Você não acha que é por que você não para de falar?
- Nossa.
- Sério, se você ficar quieta é mais fácil.
- Pode dormir, eu fico aqui.
- Não, vem aqui, deixa eu te abraçar e você dorme comigo.
- E se você me abraçar e eu não dormir?
- Daí você me acorda.
- Por que você já não fica acordado então?
- Terious, você quer conversar alguma coisa?
- Não, nada.
- Então, que você acha da gente tentar dormir?
- Poxa, você não pode...
- Então vou levantar, quer que eu faça alguma coisa pra você comer?
- Por que você vai levantar? Não vai dormir mais?
- Não quero te ofender com o meu sono. Não, fico com você, acordado.
- Vival?
- Oi.
- Agora eu estou ficando com sono.
- Ah, não me diga, talvez por que são quatro e meia da manhã.
- É...
- Boa noite, qualquer coisa me chama.
- Boa noite.
(...)
- Vival?
- Oi.
- Nada, brincadeira, boa noite.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

ASAP

Fui procurar nos textos velhos alguma coisa que pudesse ser dita hoje.

...

Fiquei feliz depois notar que não havia nada.

Apagar-me
diluir-me
desmanchar-me
até que depois
de mim
de nós
de tudo
não reste mais
que o charme.


Paulo Leminsk

Faltam-me forças, mas a busca toda me puxa...

domingo, 25 de janeiro de 2009

Mas eu, em cuja alma se refletem
As forças todas do universo,
Em cuja reflexão emotiva e sacudida
Minuto a minuto, emoção a emoção,
Coisas antagônicas e absurdas se sucedem —
Eu o foco inútil de todas as realidades,
Eu o fantasma nascido de todas as sensações,
Eu o abstrato, eu o projetado no écran,
Eu a mulher legítima e triste do Conjunto
Eu sofro ser eu através disto tudo como ter sede sem ser de água.

Álvaro de Campos

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Perfume novo

...desceu as escadas sentindo as lágrimas querendo saltar, disse não, impediu-as com esforço e com pensamento fixo de que não resolveria nada, sabia que o certo era apenas continuar, andando em frente, sem aquilo, não sabia como sabia, mas estava lá, era exato como uma conta poderia ser, como uma nota ou uma moeda, sentou-se no carro, a questão que houve respondeu-se sem sentido e foi o que fez, deixou-se apenas a sentir o que é que estivesse sentindo, olhando para frente, sentindo o vento da janela aberta do carro, pensando na dor de olhar algumas coisas que agora surgia, pensou em todas as possibilidades que haveriam em enfrentar e não confiar naquela dor que, afinal, um pouco antes não havia, as coisas deveriam ser só as mesmas coisas apesar de tudo, e tudo que antes poderia ter pensado não mais justificava, parecia realmente obsoleto demais e dava-lhe uma leve sede de qualquer coisa, lamentou um instante por não haver água no carro, lembrou quando nunca deixava faltar água no carro e perguntou-se "o que será que mudou?", agora, diabos, sentia sede, pensou em frases completas com pontos, vírgulas e acentuações, percebeu quanta coisa distinta, no melhor sentido que pode haver em ser distinto, nascia de si. Comprou um perfume diferente, pediu "alguma coisa diferente" e então levou aquele.


23/01/2009!

Dobrada à moda do Porto

Um dia, num restaurante, fora do espaço e do tempo,
Serviram-me o amor como dobrada fria.
Disse delicadamente ao missionário da cozinha
Que a preferia quente,
Que a dobrada (e era à moda do Porto) nunca se come fria.

Impacientaram-se comigo.
Nunca se pode ter razão, nem num restaurante.
Não comi, não pedi outra coisa, paguei a conta,
E vim passear para toda a rua.

Quem sabe o que isto quer dizer?
Eu não sei, e foi comigo ...

(Sei muito bem que na infância de toda a gente houve um jardim,
Particular ou público, ou do vizinho.
Sei muito bem que brincávamos ser o dono dele.
E que a tristeza é de hoje).

Sei isso muitas vezes,
Mas, se eu pedi amor, porque é que me trouxeram
Dobrada à moda do Porto fria?
Não é prato que se possa comer frio,
Mas trouxeram-mo frio.
Não me queixei, mas estava frio,
Nunca se pode comer frio, mas veio frio.

Álvaro de Campos

para minha irmã

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Quarta à tarde

Cinco e qualquer coisa...
Quis criar uma coisa nova e incomparável ou comparável com algo bom. Desisti.
Houve um tempo em que eu passava o dia todo criando um algo novo incomparável e conhecia pessoas, e era elogiada, e ficava orgulhosa.
Agora não. Não crio, nem me orgulho... As crítica são pesadas hoje em dia, nada é mais algo novo.
Estou ansiosa pelo começo do fim desses tempos, quando eu não mais me incomodarei com reles criações forçadas. Finalmente terei todas as ferramentas que preciso para fazer surgir novas ferramentas de se fazerem coisas. E então o novo será novo de novo.
Bem me lembro quando eu estava sozinha nesse vasto mundo de fazer surgir automaticamente pensamentos. E eu me sentia só, e feliz, mas só. Convidei todos que me cruzavam para vir comigo pela vastidão do sem-limite e cá me encontro: só...
Agora com todos aqui, nada que tenha feito é extraordinário, nada do que eu tenha escrito é inédito, nada do que penso é algo nunca antes pensado.
É o fardo de se viver nesse mundo crescente, nessa busca incessante de criação.
Talvez seja a nossa sina, se somos semelhantes ao criador, vivemos a vida em busca do que podemos criar e perpetuar.
E o tédio, e a falta de emoção, e a tarde de quarta só intensificam o que já foi avivado em nós...

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Calor

Estava bom, pois ser, sempre havia sido. E então entre um riso e uma gargalhada, deitamo-nos meio longe para a brisa circular. E entre beijos e mordidas, lembramos por que é que estávamos deitados ali depois de todo aquele tempo que passou. E roçávamos os pés. E tocávamo-nos e afastávamo-nos que o calor quase nos fervia e queimava. E então ele disse algo e eu disse outro algo e num instante estávamos enroscados e não podíamos mais nos desgrudar. E juntos também não bastávamos, queríamos pulsar separados o mesmo doce pulsar. E ele me tocou como nunca antes tocara e beijou, e assoprou e eu me contorcia e descontrolava. E... O calor quase nos fervia e queimava.

27/10/08

saudade que vive de amar-lhe, vida
Irracional, é.

Faltar-me o que tenho.
Cansar-me o que não faço.
Ferir-me o que protejo.
Mostrar o que escondo...

E não há explicações ao incógnito, mas é belo. Pois se houvesse realmente sentido em ser o que sou, em um instante eu já não poderia ser nada. Minha graça e meu encargo é ser inexplicável.

Sou inteiramente formada ou tomada pela beleza de minhas imperfeições e só me saberei completa quando meus próprios julgamentos puderem absolver e não reparar...

Em minha existência só há um fim, pretender tudo e restar como nada.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Mistérios do cão dinamarquês

Eu sei, sacanagem...
O pessoal vem aqui, aos montes, todos os dias, achando que vai encontrar um super textos legal sobre o cão dinamarquês e quando vê está em um blog de blablablá.
Se você chegou até aqui é por que descobriu que a minha página aparece entre os primeiros resultados de pesquisa para a expressão "cão dinamarquês". Não, eu não tenho um. Na verdade, eu não consigo nem reconhecer um se me apresentarem, embora já tenha visto de perto um deles perdido pela cidade.
Fato é que esse bom cachorro que se perdeu e cruzou o meu caminho enquanto eu vagava sem rumo em busca de um pensamento feliz que me fizesse esquecer que eu era paranóica, gerou mais visitas ao meu blog ao ser rememorado.
A questão é (por que tem que haver uma questão, senão o pessoal vai chegar aqui, saber que o site não tem nada a ver com o cão dinamarquês e ainda ser iludido duplamente pelo título do texto que diz que haveriam mistérios sobre o assunto... ) por que diabos o meu site apareceu tantas vezes como resultado de busca se eu apenas fiz um breve relato sobre ter cruzado com um cão dessa raça num dia qualquer.
Isso me faz pensar que, se você está mesmo muito bravo de estar aqui e não ter encontrado nada que valha a pena sobre o cão dinamarquês, a culpa é toda sua. Quanto mais pessoas entrarem, mais vezes o Google vai achar que o meu site é relevante para essa pesquisa.
Outra pensamento que me passa é que, na verdade, talvez eu devesse mesmo criar um site sobre cães dinamarqueses, ou abrir um canil, ou coisa assim. É possível que realmente ganhasse muito dinheiro. Ou oferecer um espaço no meu site para um criador anunciar...
Só peço que não fiquem tristes por terem caido no site errado, pelo menos não era pornô, pelo menos não era vírus, pelo menos... Pelo menos você leu alguma coisa diferente hoje.
Beijo, tchau.

Um bonitinho, para não perder a viagem.

Miss Terious e Sir Vival - Barulho de que?

- Vival, que foi esse barulho?
- Que barulho?
- Você não ouviu?
- Talvez tenha ouvido... Qual?
- Como assim, talvez?
- Eu não sei do que você está falando, ué!
- Eu é que não sei que você... Sh!
- (sussurrando) Que foi?
- Você ouviu?
- Olha, eu...
- Será que tem alguém lá fora?
- Por que?
- Vival!
- Você ouviu?
- Não ouvi, fez de novo?
- O que?
- ...
- Sério, não sei do que você está falando.
- Do barulho!
- Barulho do que? Meu, seu, outro?
- Meu? Eu estou fazendo algum barulho?
- Ah, não sei, no estômago talvez.
- Meu estômago está fazendo barulho?
- Não, só estou perguntando se é isso.
- Por que seria se ele não está fazendo barulho?
- Não, só achei que era disso que você estava falando.
- Por que eu estaria falando de alguma coisa que não está acontecendo?
- É que, às vezes, você pode ter...
- Sh! Você ouviu agora?
- Agora acho que fui eu.
- Você o que?
- O barulho...
- Você fez esse barulho?
- De qual barulho você está falando?
- ...
- Será que você pode aumentar a TV?

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

 
Site Meter