quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

O rítmo do amor

Penso e cresce tanto que não me cabe e não me canso de amar-lhe, meu amor.
Por que não há de nascer ódio em meu coração que, quase dócil, já não cultivo mais rancor.
Acalma-me lembrar do seu cheiro que, impregnado em meus pêlos, trás-lhe ao meu lado quando você já se foi.
Ainda sinto o carinho da noite passada, que você fez sem se cansar, e sinto sua boca molhada no gosto de aconchego, que já mora em meu paladar.
Que homem, que coisa, já faz-me louca de vontade de ter-lhe aqui.
Os meus dias, meu trabalho... Minhas forças tornam-se poucas para pensar em lhe esquecer e lembrar-me de mim.
Não me importa quando grita, não me assusta quando emburra, sei que é na calma mais pura que faço-lhe me entender.
Digo alto, escrevo tanto, mas ainda causa-lhe espanto saber que é seu, este coração.
Meu presente é seu sorriso e quando rezo ao Altíssimo, só por suas lágrimas é que peço perdão.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

O que eu já sei

*Revisado para fins de compreensão dos leitores*

Quero para mim, a força de um milhão de soldados. Para transpor qualquer barreira que se colocar em meu caminho. Mas quero também a graça de um jardim de rosas para acalmar o coração dos que lutam carregando foices.
Não vou temer o amanhecer, pois estou ansiosa para seguir em frente. Não vou temer o anoitecer, pois alimento a coragem para refletir sobre tudo que me vier a mente.
Quero a resistência de blindagem mas estarei aberta a todos os novos sentimentos que o mundo quer me oferecer.
Quero ser cautelosa com os meus passos e muito mais com as palavras. Quero calma, mas não perdoaria a falta de fatos.
Quero a sabedoria dos que sabem do que já viram e a espiritualidade dos que sabem do que nunca verão.
Quero que se torne tolerância, minha experiência, com a determinação dos buscam para tudo, uma razão.
Quero se fiel aos meus princípios e não tão cruel com os que não são.
Quero manter meu sorriso malicioso, mas ter certeza que sabem que sou inocente de coração.
Tenho medo de me esquecer de mim. Tenho medo de me esquecer dos outros.
Sou aprendiz nesse mundo louco, mas o que eu já tenho não troco por pouco!

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Bem, te vi

Não viu o que fiz, não viu nada. Talvez fosse isso mesmo que eu quisesse, algo que fosse tão singelo que não pudesse nem ser notado.
Mas estava lá. Estava. Eu estava.
Eu cantarolei todas as melodias um milhão de vezes cada uma. Não disse mais do que disse por que achei que... Achei que não, apenas. Que estava claro, que estava dito, que estava anotado. Não estava, eu não sabia.
Não errei, não me arrependo. Disse tudo que sentia, e quando não disse, sorri. Mas achei que você ouvia.
Não fique triste, não mais, que eu não me aguento mais em meu orgulho como antes. Não encha o peito e tente me assustar, que eu não sou mais tão fraca como fui.
Não venha com beijos, e abraços, e carícias, e amor... Não se aproxime de mim, que eu continuo a mesma. Se nego-me a te tocar, só aumenta o meu fervor.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Olhos de escuridão

É estranho como com a pupila dilatada a gente enxerga menos, mas dizem que a gente enxerga mais. A gente abre a visão para o todo e perde o detalhes, é o que é.
Eu gosto de enxergar os detalhes por que eles fazem toda a diferença. Eu gosto de ver o que parece que só eu vejo, por que as pessoas estão preocupadas demais procurando um todo, todo especial... Eu estou a procura de um detalhe que seja incomparável.
A vida é feita de pequenas coisas para as quais a gente dá muito valor. Uma palavra, uma frase, um olhar para o lado errado...
Com a pupila dilatada eu fico igual aos que desprezo, pessoas detestáveis que não conseguem apreciar os detalhes, estão procurando algum maldito ser que seja notável como um todo, sem detalhes.
Eu sou a garota dos detalhes.
Eu tinha olhos verdes, até me chamarem para ver o todo. Meus olhos se transformaram em escuridão desde então.
Um dia eles voltam e eu vou garimpando detalhes por onde eu passar...
Você é o próximo, aonde quer que você esteja, aonde quer que nós nos vejamos. Vou pegar todos os seus detalhes e fazer-lhe uma lista. Aí nós podemos ser amigos, aí nós podemos nos amar.
Gostar de alguém é o todo, amar é só um detalhe... Daqueles que fazem toda a diferença!


Pupila dilatada para quem nunca viu

Nariz de urso

Hoje eu acordei às 6h20. E mais umas 20, ou 30 vezes depois das 6h20.
Na minha vida passada eu devo ter sido um urso. Daqueles que acordam às 6h20, sentem um ventinho gelado no nariz e dizem "não, ainda não está na hora".
Daí eu voltei. Para o mundo onde meus amigos que não se conhecem se reúnem. Para os diálogos com amores e ex-amores nos quais eles falam coisas que nunca falariam e eu acredito. Para a parte em que pessoas que não existem tentam sair da figuração. Não!
Hoje eu acordei 9h20, por que tinha combinado e eu sou uma pessoa de compromissos sérios. Apesar do compromisso não valer muita coisa.
Levantei com o nariz gelado e a alma quentinha, que é como a gente fica quando acorda direito.
Mas juro que a festa que estavam fazendo na minha cabeça antes de eu acordar era incrível. Amigos, amores e figurantes.Incrível, como todos os meus sonhos são, realizáveis ou não.

"No meu sonho estiolaram
As maravilhas de ali,
No meu coração secaram
As lágrimas que sofri.
Mas os que amei não acharam
Quem eu era, se era em si,
E a sombra veio e notaram
Quem fui e nunca senti."

Fernando Pessoa

domingo, 20 de janeiro de 2008

Last night

Eu tinha me esquecido como era delicioso.
Respirar a sua vontade de me ter. Brincar de não te querer.
Achei que o dia podia passar batido.
Que a noite podia ser só conseqüência...
Mas meus lábios melados de morango não se deixaram repousar.
Meu olhar encontrou o seu ao meu lado. É o seu cheiro, ou é o meu, alguma coisa que não nos deixa em paz.
A vontade de te rasgar, te atravessar...
Eu ia morder, eu ia beijar, eu ia lutar. Desisti.
Ver você dormindo abraçado com os meus braços foi o que me bastou.
A noite era só conseqüência... O silêncio para mim, foi pura eloqüência!

sábado, 19 de janeiro de 2008

Chuva de sempre

Eu costumava não gostar de chuva, dizia que ela me influenciava. Aquelas gotinhas malditas traziam com elas um vento que me arrepiava.
Era um dia, de todos os outros, em que meu mau-humor tinha explicação. Era um dia daqueles em que eu não precisava explicar por que eu não queria sair, por que eu não queria fazer, por que eu não queria sorrir...
Hoje eu vi, a chuva era apenas cúmplice, apenas aceitava o papel que eu lhe dava.
Ela não estava lá para mim, eu que só estive muito aí para ela. Se ela ficasse, eu ficava, se ela se fosse, eu me levantava.
Hoje quando a chuva começou a cair, como ela sempre caiu; Quando eu vi ela escurecer o dia como sempre fez, senti uma coisa diferente. Senti que eu continuava igual. Fazendo o que eu estava fazendo, com as mesmas intenções do começo.
E então, por um instante parei para olhar a chuva. Pedi desculpas por tê-la culpado injustamente durante todos esses anos. Coloquei o braço para fora e toquei-a e, o mais surpreendente, é que eu sempre gostei desses carinhos que arrepiam a gente...
Hoje a chuva me gritou num trovão: "Suas lágrimas não vêm de nuvem minha, ou vêm da sua cabeça, ou do seu coração."
Eu sorri, não estava triste. A chuva tinha razão.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Iluminação!

Foi uma luz que iluminou meus olhos, que me clareou sorriso.
Que perfumou meus cabelos e amaciou minha pele
Que me deu força nos braços e também nas pernas
Que acalmou meu coração e desacelerou minha mente
Que curou as dores agudas das crônicas da minha vida.

Era uma luz tão forte que deixou quem estava do meu lado sem ver
Era uma luz tão quente que não houve ventania que pudesse mudar
Era a luz certa, por que era só o que poderia ser

Luz da minha alma, eu te vi e não era tarde
Abri os olhos para te liberar
Fechei minha boca para te guardar
Luz da minha alma, que saudade eu estava de te acariciar...

Nasci para satisfazer a grande necessidade que eu tinha de mim mesmo.
Jean-Paul Sartre

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Clarão no buraco

Não sei o que me deu, se você quer mesmo saber.
Eu estava procurando um buraco qualquer para eu me enfiar, que fosse escuro o suficiente e mortalmente silencioso, onde eu pudesse fingir que não penso mais. Em tudo.
O que eu achei foi um clarão na floresta, onde a multidão só perguntava o que eu penso disso e daquilo e blablabla.
É difícil manter a pose quando estão querendo lhe arrancar as roupas. É difícil manter a palavra se todo mundo parece que entende melhor o outro lado que não é o seu.
Fui em busca de presentes e só o que me trouxeram foram frases velhas do passado. Multidão apegada...
Eu disse "segura o choro" com a garganta em chamas, mas não me deram credibilidade, derramaram em mim as lágrimas que pareciam muito com as que eu não queria mostrar.
Não tem como se esconder. O mundo inteiro está querendo ver eu me mostrar.
Meu fundo silencioso, está ficando cada vez mais difícil te escutar.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Vinho

Tomei um gole dos teus beijos e me embriaguei do vinho dos teus lábios.
Senti a dor de teus apertos que desatou os nós da minha saudade.
Mordi o pão que me ofereceste, matou de fome a minha vontade.
Corri para longe dos teus braços.
Meu presente...
Sem laços.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

OVOS

Estou pisando em ovos. Cozidos e descascados.
Eles escorregam por entre os meus dedos dos pés e acariciam as dores do fim do dia.
Estou me sujando com a gema dos ovos meio moles e enjoando com o cheiro de ovo por toda a parte.
Quando eu ando é tudo ovo, às vezes mole.
Penso nas galinhas, que se importam muito mais com esses ovos do que eu. Gema do seu sangue. E eu que sempre achei ovo mais ou menos...
Mas está tudo claro, como as claras estão durinhas. Eu piso em ovos cozidos, as galinhas pisam em crús. Cortam-lhe as patas os ovos que saíram do seu próprio *pi*.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Discorde, amor

Ah meu amor, por favor, discorde de mim.
Que é por isso que lhe amo, por saber que muito do que sabe é coisa que eu nunca vi. É por saber que o que temos em comum é só mesmo a vontade de ser juntos, apenas um.
Discorde de mim, amor, enquanto eu lhe beijo, diga que não é esse seu desejo, que procura algo que não está aqui. Diga que meus beijos não lhe valem nada e que o que sei não interessa a ninguém.
Faça-me chorar por que só sei duvidar de saber quem eu sou. Faça eu me envergonhar do que faço, diga que já demora eu saber para onde é que eu vou.
Não mande notícias, nem faça carícias, não tente um agrado, nem finja malícia...
Discorde de mim quando disser que te amo, diga que eu me arrependerei, diga que já passou por isso e que sabe o que farei.
Eu sei do que eu preciso. Só discorde de mim, amor, e seja apenas você, enfim.
Que é isso que eu quero. Que o que eu quero é assim.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Botões

Sabe o que era bom?
Era bom ter um botão "reset". No sol.
Que começasse a iluminar tudo de novo de uma forma completamente diferente.
Era bom mesmo se tivesse "pause"na lua. E eu pudesse ficar admirando cada fase, uma a uma, por quantos dias eu quisesse.
Imagina se não era bom se tivesse "stop" na chuva e "rewind" nos relâmpagos.
Todo esse monte de coisas e a gente nada.
E se a gente soubesse que era só apertar os malditos botões.

A gente nunca controla.

Ou controla?
Alguém viu o "power" em algum lugar?

Eu sou Tormenta

Kin do dia:
Kin 219 - Tormenta Espectral Azul

Dissolvo com o fim de catalizar
Libertando a energia
Selo a matriz da autogeração
Com o tom espectral da liberação
Eu sou guiado pelo meu próprio poder duplicado
'Estou no meio de uma revolução pessoal; despojo-me de velhos esquemas e experiências passadas.'


Essa é a energia do dia que eu nasci. Essa é a energia do dia de hoje.
Hoje é meu aniversário, portanto, segundo o Calendário da Paz, que se baseia em alguns dos Calendários Maias.
Foi me apresentado há alguns anos e tem me acompanhado desde então. Todos os dias, exceto por alguns, nos quais me arrependo amargamente.
Inicia-se um novo ciclo de minha revolução pessoal e continuo buscando o desapego dos velhos esquemas e novas experiências e aprendizados.
Não posso negar que as pessoas tem sido pacientes com minhas lições em parcelas, até mais do que eu.
Vida segue...
O ano começa...
Meu novo ciclo...
Que seja um ciclo como nenhum dos que já foi.
E será!

http://www.calendariodapaz.com.br

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Ele se foi

Hoje eu acordei sentindo falta do seus beijos.
Acordei sabendo que você não ia mais ficar.
Hoje eu acordei com um calor que me apertou o peito.
E uma vontade de fugir daqui para qualquer outro lugar.
Vou sair, andar no parque e esquecer minha consciência
Para aguentar o que, mais tarde, vou chamar "minha inocência"
Sentem dó, os que sentem dó. Sentem pena se quiserem
Demoro estar feliz quando estou só
Mas fato é que nem todos tem tudo que querem
E eu que falho na poesia, que não sei bem como me expressar
Não guardo, nem escondo, o que fez meu amor me abandonar
Tenho meu peito aberto e minha cara mais que limpa
Minha cabeça é que vai baixa, por temer o que meu amor garimpa
Ele fala e nem sei, eu sou o pé, ele é a grimpa
Deixa o que foi no que está atrás e o que virá não se preocupe
Eu bem sei que é difícil não pensar, mas se pensa e lhe machuca
Vem em casa, só me liga, eu estarei aqui escrevendo versos fracos
Com saudades do seu abraço e esquecendo tudo que dissemos na última briga

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Do que a vida é feita?

Não me pergunte do que a vida é feita por que eu também já não sei. Hoje eu penso que poderia sim, amanhã penso que não deveria não... Depois de amanhã, então...
Sou a menina que sonha acordada, que devia passar mais tempo com a mãe, que inventou a si mesma e todos os seus amigos. Que escreveu a história para brincar de viver.
Não me pergunte do que a vida é feita, por que passei noites chorando quando tentei descobrir. E meus sonhos também não foram nada bons quando eu, finalmente, dormi.
O que se fala não é o que se fez, o que se fez não é que se quis, o que se quis só Deus sabe de onde vem...
Eu sou menina, eu quero rir. (Quero tomar chuva quando estiver frio...) Eu sou menina, eu tenho o direito de aprender. Eu quero amar, e quero sentir seu amor até parar de doer. Eu quero mesmo chorar, você não vê? Não precisa temer.
Contanto que ainda a noite eu possa sentir o seu calor ao meu lado...
Não sei do que a vida é feita. São tantas coisas e eu sei que parece que eu não vou decorar. Se um dia vai passar, eu também não boto aquela fé. Mas eu quero e se eu quero eu faço, e o que eu faço fica, como tudo que foi.
A mulher de mim está guardada para ser de um homem como você, ou que se pareça muito com algo que você pode ser. Ela sabe do que fala e fala como ninguém. A mulher de mim nunca some, ela me dá folga, me dá força, que ela sabe que eu tenho que viver.
E a vida vai se fazendo, muito choro e muito riso, com pesar e com contentamento, como dizem.
Você me pergunta do que a vida é feita por que sabe que eu não sei o que dizer, mas eu sei de mim quando eu digo:
"A minha vida eu quero aqui, amor, não me bota para correr!"
 
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