segunda-feira, 12 de maio de 2008

Influenza

Estava frio, mas ela acordou suando em bicas às quatro da manhã. A cama estava encharcada, seu corpo inteiro doía sem posição para tentar pegar no sono de novo.
Levantou-se com dificuldade, tomou dois copos de água na cozinha e tentou dormir de novo.
Às cinco da manhã levantou-se, foi ao banheiro. Suas costas a estavam matando, travadas, sem jeito. Deitou-se mais uma vez.
Eram seis da manhã quando ela finalmente teve a idéia de tomar alguma coisa. Qualquer coisa que encontrasse na gaveta de remédios. Talvez toda a gaveta de remédios. A primeira cartela que pegou foi de Tylenol para febre, dores de cabeça e corpo. Era D'us assistindo seu sofrimento, sentindo pena.
Ela tinha uma reunião com um chinês às nove e meia. Tinha que dormir, tinha que parar de doer, tinha que secar...
Deitou-se na cama, cobriu-se encolhida.
Pensou sobre como era estar bem, sempre teve a mania de pensar como era estar bem quando estava mal. Tirou o moleton que vestia, suava em bicas.
Sentiu seu corpo pesando sobre a cama, as costas relaxando por um instante. Tylenol 750mg, abençoado.
Lembrou-se de quando ficava mal sem sentir dor, sem suar, sem tremer... Tanta besteira.
Percebeu o dia clareando na janela. Entregou-se ao sono chapado de paracetamol.
Pensou "quanta besteira", logo antes de pensar sobre o chinês das nove e meia. E dormiu.

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