Passam por mim, rápidos, todos. Correm como se estivessem ansiosos para chegar em um lugar qualquer, vindo de ninguém sabe onde. Passam por mim.
Não tive uma boa explicação para o momento e foram-se, impacientes.
Eu paro, sento, penso. Não me acompanham, esbarram em mim, todos.
Se sinto também vontade de correr atrás de qualquer coisa, do que foi, do que virá ainda, levam-me.
Dois passos para trás e cá estou eu, a esperar uma outra coisa, do que foi, do que virá ainda, talvez.
Fiz, já, quase qualquer coisa e ainda falta-me tudo. Como se espera fosse vã, o caminho vão. Como se, na verdade, devêssemos correr, todos, para mais.
Fujo.
De certa forma, estou eu correndo também em minha espera. Distanciando-me do que me leva, ficando...
De certa forma, estou seguindo quando fico, pois essa corrida de que fujo priva-me dos vícios do que sempre fiz. Evolui-me.
Sento. Para que meu passo a frente seja diferente de todos os outros, corro no sentido contrario dos que querem me levar.
Se empurro-os, ficamos parados, todos.
Nadalogia
Há 5 anos
Um comentário:
só li agora, e não da pra não comentar.
é muito bom, uma tristeza bela,
que é cheia de tudo e plena de nada.
vc é F......
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