segunda-feira, 19 de maio de 2008

Média dos dois

Pedi um pão de queijo e uma cerveja.
Será que é média, perguntei-me. Dei a partida no carro e respondi que não.
Estou parada, fui eu quem parou. Era certo, ele sabia.
Mais certo é que se é média, não dura. Ele sabe, ele teme.
Ando pondo a culpa da minha pausa no mundo. O mundo não parou... Girando, mantém-me sã. Indigno-me de minha sanidade, não sabia o que era. Conheço-a, orgulho-me, enlouqueço por fim.
Um breve começo do que no passado chamamos de nada mais. Misturamos tudo nuns dias mais atribulados e o que nos sobrou foi um monte de assunto. Não conversamos sobre isso.
Esperávamos calor... Calamos no frio, foi o que houve.
Mas não é tarde, nunca é. Sempre é tudo certo, por que é só o que podia ser.
Minhas velhas frases usadas não perdem o sentido nunca. Sinto ainda meu coração fervendo na descoberta de um mundo novo a cada piscar.
A cada olhar que não trocamos. Não dói, só queima.
E a minha insatisfação já quase me basta.
Talvez um dia alcance a média, afinal.

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