quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Quarta à tarde

Cinco e qualquer coisa...
Quis criar uma coisa nova e incomparável ou comparável com algo bom. Desisti.
Houve um tempo em que eu passava o dia todo criando um algo novo incomparável e conhecia pessoas, e era elogiada, e ficava orgulhosa.
Agora não. Não crio, nem me orgulho... As crítica são pesadas hoje em dia, nada é mais algo novo.
Estou ansiosa pelo começo do fim desses tempos, quando eu não mais me incomodarei com reles criações forçadas. Finalmente terei todas as ferramentas que preciso para fazer surgir novas ferramentas de se fazerem coisas. E então o novo será novo de novo.
Bem me lembro quando eu estava sozinha nesse vasto mundo de fazer surgir automaticamente pensamentos. E eu me sentia só, e feliz, mas só. Convidei todos que me cruzavam para vir comigo pela vastidão do sem-limite e cá me encontro: só...
Agora com todos aqui, nada que tenha feito é extraordinário, nada do que eu tenha escrito é inédito, nada do que penso é algo nunca antes pensado.
É o fardo de se viver nesse mundo crescente, nessa busca incessante de criação.
Talvez seja a nossa sina, se somos semelhantes ao criador, vivemos a vida em busca do que podemos criar e perpetuar.
E o tédio, e a falta de emoção, e a tarde de quarta só intensificam o que já foi avivado em nós...

Um comentário:

Unknown disse...

não deixe o pessimismo tomar conta de você. o que quer que você criar é algo seu e único, nunca foi pensado nessa hora, desse jeito ou expressado dessa maneira. As criticas devem ser encaradas como aprendizado ou ignoradas. o tédio constante só pode ser superado pela tentativa da criação, mesmo que infrutífera. não que eu siga quaisquer dos pensamentos acima ou acredite em qualquer coisa diferente de você, mas criei algo novo a partir do que você criou, e pra mim ou pra você isso vai servir de alguma forma.

Te amo sempre

 
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