segunda-feira, 31 de março de 2008

Meu corpo

Pés e mãos que são galhos, nos quais me embaralho,
buscando emoção.
Pernas para a corrida, que de tão dolorida,
já não tem mais razão.
As costas reagem ao toque, sentindo um choque
que arrepia a noção.
Cabeça, pensando no vento e um olhar sempre atento,
confundindo a direção.
Um peito em que fica guardado um coração acelerado
que não sabe dizer "não"...
A alma, comprimida, parecendo entorpecida,
esgueira-se por um vão.
Meu corpo e suas partes, buscando em si a arte
de tornarem-se junção.

Um comentário:

Aleo disse...

Muito bom seus textos =D

 
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